BMW M6 Cabrio - Como já defendemos inúmeras vezes, atravessamos uma das melhores épocas para usufruir de um cabrio: o frio e o sol fraco no exterior são facilmente temperados com o ar quente dirigido para as pernas, criando um microclima convidativo para longas tiradas. Porém, nunca se poderá dizer que se sentiu o poder do V10 montado no M6 sem ouvirmos, e sentirmos, o grito das 8000 rotações. E neste carro, a «ausência» de tecto adiciona mais uma dose de adrenalina, como se acrescentasse uma terceira dimensão aos sentidos. Tendo o mesmo conjunto propulsor do M5 e M6 Coupé, a versão cabrio também inclui, obviamente, as mais de 30 combinações possíveis entre as afinações da suspensão, da rapidez de passagem da caixa de sete velocidades e dos modos de actuação do controlo de estabilidade DSC.
E é exactamente no modo mais «assanhado» que notámos a segunda mais-valia deste cabrio: o decréscimo de rigidez da carroçaria e a maior suavidade da suspensão garante um M6 mais previsível e dócil quando conduzido realmente depressa e em comparação com a versão Coupé. Sente-se um decréscimo de eficácia nas estradas contorcidas, com os limites de aderência do eixo traseiro a surgiram mais cedo e com menor carga de acelerador. Mas, em contrapartida, as reacções são menos bruscas do que no Coupé. E como chegam mais progressivamente, também são mais fáceis de controlar e, consequentemente, de provocar.
Em suma, este M não é apenas mais divertido a andar devagar quando a paisagem entra pelo habitáculo; é também mais emocionante e envolvente quando se procuram as emoções dos 507 cavalos no eixo traseiro e se faz questão de sentir a potência acompanhada pelo grito estridente do V10 que atravessa o habitáculo do capot às quatro saídas de escape. E a chuva, caso ocorra, nem sequer é um grande contratempo porque o Série 6 Cabrio tem uma das melhores capotas do mercado. É bem insonorizada e acabada, incluindo eficazes goteiras debruadas.
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