segunda-feira, 9 de julho de 2007

BMW X5 3.0d

BMW X5 3.0d - O maior sinal está na inclusão de mais dois lugares (opcionais por 2020 euros) ainda que limitados exclusivamente a crianças. De resto, o X5 apurou-se um pouco em todos os pontos: mais largura interior, melhor qualidade de materiais e de montagem – está ao nível do que se encontra num Série 7 – e um conjunto quase infinito de evoluções electrónicas que enriquecem a vivência a bordo. Este X5 passou a ser um dos BMW com melhor posição de condução, mesmo que o volante ainda apresente um ligeiríssimo desvio. De qualquer forma, a amplitude de movimentos garantidos pela coluna de direcção e pelo banco, que nesta unidade tem a opcional configuração Confort (2050 euros), garante uma postura muito acolhedora e confortável, inundada de luz se corrermos a cortina do tecto de abrir panorâmico (1730 euros).

Com cerca de duas toneladas em ordem de marcha, o X5 está entre os menos pesados da categoria. O esforço na contenção dos quilos revelou-se essencial para não ferir o orgulho dinâmico. Confirma-se: o mais polivalente dos BMW mantém-se nos lugares cimeiros quando enfrenta o alcatrão. Não tem a agilidade de um Série 5, mas está próximo. A posição de condução elevada, tão conveniente na cidade, não é a mais natural para ritmos desportivos, mas o X5 continua a ser um dos «jipes» que melhor atenua o estigma da condução nas «alturas».

O que não consegue disfarçar por completo é a dimensão das jantes e a firmeza dos pneus «runflat». Em pisos muito degradados, o funcionamento forçado da suspensão digere, proporcionalmente, muito melhor as falhas no terreno do que as mais simples irregularidades do alcatrão. O seis cilindros Diesel, com 235 cv, é capaz de garantir excelentes recuperações e acelerações, superando mesmo os valores de alguns concorrentes com motores maiores. A boa caixa de seis velocidades responde rapidamente aos movimentos do acelerador, ainda que, por vezes, goste de jogar pelo seguro, mantendo o regime sempre acima das 2000 rpm, procurando antecipar a inércia das duas toneladas em caso de eventual necessidade.

O super-eficaz sistema de tracção integral mantém a personalidade da tracção traseira, mas com a repartição de potência certa para que as rodas dianteiras ajudem na progressão e direcção. Aliás, as potencialidades da transmissão estão muito acima das «necessidades» do X5, limitado em incursões fora do alcatrão – e nem sequer é preciso falar de percursos todo-o-terreno – pela reduzida altura ao solo e pela exposição dos elementos inferiores da carroçaria.

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