segunda-feira, 21 de julho de 2008

Chrysler Grand Voyager SE 2.8 CRD

Chrysler Grand Voyager SE 2.8 CRD - Olhando para a ficha técnica é ligeiramente menos do que na geração anterior mas, agora, para arrumarmos a terceira e última fila de bancos, temos um sistema eléctrico que faz tudo sozinho. À distância de um toque num botão até podemos escolher se pretendemos rebater o banco todo (os três lugares existentes nesta fila) apenas o lado esquerdo do banco (dois lugares) ou o lado direito (apenas um lugar).

Uma vez aqui sentados, também podemos usufruir do novo sistema de multimédia (2500 € - ver caixa). Em qualquer um dos sete lugares ficamos sentados comodamente e com espaço, embora lá atrás o assento seja um pouco inclinado (para existir altura suficiente) o que pode trazer cansaço em viagens mais longas. A verdade é que nos trajectos por nós efectuados, de distâncias médias, não provocaram qualquer "contra-indicação". O ambiente está renovado, com nova decoração e até um sistema de iluminação indirecta nocturna (em tons verde/azulados) oferece uma atmosfera requintada a esta zona. Não existem materiais suaves ao toque, mas o que compõe o tablier é cativante ao olhar. As aplicações em madeira é que são de gosto discutível.

Existe um mundo para descobrir e desfrutar na nova Grand Voyager e quase nos esquecemos como o conforto da Grand Voyager está melhor (a suspensão traseira deixou as molas de lâminas e tem agora um eixo rígido com molas helicoidais) e a dinâmica mais competente. A posição de condução é boa mas podia ser melhor se o volante regulasse em profundidade. O novo motor 2.8 CRD com 163 cv tem, também, uma nova caixa automática de seis relações (a anterior possuía uma antiga e pouco prestável caixa de quatro relações). Juntos, trazem à nova Chrysler melhores prestações e muito mais tranquilidade a rolar em estrada.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Citroën C5 1.6HDI FAP

Citroën C5 1.6HDI FAP - O rol de virtudes foi entretanto já aqui confirmado no ensaio da variante 2.2 HDI de 173 cv, mas chega agora a vez do motor Diesel mais pequeno prestar provas, até porque com um valor base a começar nos 30 500 euros (1.6 HDI X) prevê-se um futuro risonho, e talvez, de novo, em redor dos "tais" 70% de representatividade na gama, afirmando-se de novo como o actor principal.

Chave na ignição, sorriso esboçado pela enorme envolvência dos bancos eléctricos multi-contorno com ajuste independente do encosto (secção superior/inferior), de série neste VTR+, e percorremos os primeiros quilómetros. Primeiro sinal "mais" é o facto do som do motor estar melhor camuflado e também se sentirem menos vibrações, ou trepidações.

Por outro lado, este espírito mais possante implica 3500 euros. Nas recuperações consegue estar próximo da versão que agora se reforma, perdendo pouco, e já no apetite revelado pelo trajecto citadino mantém a boa dieta que se lhe conhece, conseguindo evitar quase sempre o patamar dos oito litros, tal como no passado (a versão 2.0 ronda sempre perto de nove litros). O motor 1.6 HDI de 110 cv mantém-se como um dos melhores motores da actualidade e não é por acaso que motoriza parceiros tão dispares como o Mazda 3, Ford C-Max, Peugeot 407 ou Volvo S40… por exemplo.

É um paradigma de conforto e, se por nada mais, pelo menos por esta virtude já poderia ser sempre um eleito. O amortecimento é um paradigma de conforto na classe e por vezes quase exibe um "feeling" que nos ilude as "reacções pneumáticas", lembrando-nos, depois, que "este não tem". É um dos melhores automóveis para se viajar e, agora que está ainda mais espaçoso e cuidadosamente decorado e construído, tem tudo para quase se tentar infiltrar perante os adversários germânicos.

Não é tanto um defeito, mas sim uma característica, porque, no fundo, raramente perde a compostura e só uma enorme provocação lhe tiraria o rigor, e a segurança, que produz. Pela cidade, peca um pouco pelo estranho tacto de travagem e por transmitir uma sensação pesada, quase relembrando que perante tal conforto… a caixa automática faria todo o sentido, sendo tal ajuda um exclusivo do 2.0 HDI de 138 cv e do 2.7 HDI V6 de 208 cv.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Audi A3 Cabrio 1.9 TDI FPD Sport

Audi A3 Cabrio 1.9 TDI FPD Sport - No segmento dos familiares compactos há muitos descapotáveis cheios de racionalidade, com tecto rígido articulado. Mas, para as marcas Premium, esta não é a sua moda. Para quem quer o máximo do charme, a escolha ideal continua a ser a capota de lona, como tem o novo Audi A3 Cabrio.

Partindo de um dois volumes, o resultado final chega a um perfil com proporções invulgares, com a traseira muito pequena e compacta. Podia ter sido um "quebra-cabeças" encaixar lá uma capota dobrada mas a solução escolhida tem uma excelente arrumação, dispensa uma tampa e não interfere na visibilidade para trás. Com a capota fechada, o perfil aproxima-se ao de um coupé, mantendo os quatro vidros laterais e o óculo traseiro em vidro. Por fora as luzes de dia marcam a sua presença.

O isolamento térmico e, sobretudo, acústico é excelente, nesta versão opcional cujo accionamento é totalmente eléctrico. O acabamento interior, que não deixa à vista um único tirante da sua estrutura, contribui para esta sensação. Mas as borrachas que vedam os vidros laterais geram ruídos aerodinâmicos.

Não que o A3 Cabrio enjeite ritmos mais rápidos. A estrutura sem tejadilho do A3 foi reforçada a vários níveis, entre os quais quatro barras diagonais sob as suspensões. São estas, bem como os reforços na coluna de direcção e apoio dos bancos, que permitem passar por pisos degradados sem dar conta de grandes vibrações. Foi também a colocação judiciosa dos reforços que permitiu manter a boa habitabilidade e o rebatimento das costas dos bancos traseiros, para aumentar os 260 litros da mala (que tem na abertura estreita a única dificuldade) para uns estimados 675 litros.

A plataforma manteve a progressividade do A3 quase intacta. Com a suspensão desportiva e jantes de 17’’, a subviragem tarda em aparecer e a sobreviragem só a pedido e sempre de forma progressiva. O ESP não entra cedo nem tarde e pode desligar-se. Só em pisos degradados se sente imprecisão no comportamento, não acompanhada por desconforto. O ruído do TDI não é escandaloso, quando se rola descapotáve,l e os consumos são baixos - apesar de não tanto como os anunciados. O Cabrio custa mais 7 600 euros que o três portas mas o charme vale a diferença.
eXTReMe Tracker