terça-feira, 10 de julho de 2007

Porsche 911 Targa 4S

Porsche 911 Targa 4S - Com o motor 3.8 e tracção às quatro rodas, o figurino fica perfeito. Nem precisa de estar muito calor, basta estar céu limpo e Sol forte para transformar o habitáculo numa estufa, que torna o ar condicionado no melhor amigo do condutor. Mesmo com a cortina interior, em rede, desenrolada. O tejadilho aumenta a luminosidade do interior e, sempre que a chuva pára, pode abrir-se e gozar 0,45 m2 de céu aberto por cima da cabeça, com muito poucas turbulências mas também sem a sensação plena de um cabriolet. Quando os pingos voltam e é preciso fechar o tecto (em apenas sete segundos) nota-se que, apesar das melhorias feitas nas borrachas vedantes, continuam a ouvir-se ruídos aerodinâmicos a velocidades de auto-estrada.

Isto porque, em estrada, as sensações são muito próximas. Um tacto do eixo da frente, dado pela direcção, como nenhum outro automóvel pode oferecer e um eixo traseiro que só descola do asfalto se provocado. No caso do Targa 4S, a via traseira alargada 44 mm e calçada por pneus 305/30 ZR 19 ainda o torna mais agarrado. De resto, o motor de 3,8 litros de 355 cv continua a exibir um temperamento mais desportivo que o 3.6, sobretudo quando se passam das 5500 rpm e o variador de fase VarioCam Plus faz mudar o som do «boxer», tornando-o mais feroz. As acelerações que medimos bateram as anunciadas e as distâncias de travagem são fantásticas, em parte fruto de quatro pneus novos montados para este ensaio. Em auto-estrada, o modo Normal da suspensão regulável deixa a carroçaria mover-se demasiado sem que se ganhe grande coisa em conforto. A outra crítica vai para a utilização da embraiagem em cidade, que obriga a esforço da perna esquerda. Na verdade, o facto de ser um Targa é apenas um detalhe, quando o condutor se embrenha na condução de um 911.

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