quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Nissan 350Z Pack + Navi

Nissan 350Z Pack + Navi - E foi isso que a Nissan fez. O V6 manteve a capacidade de 3,5 litros de 24 válvulas mas foi alvo de um trabalho que viu serem alteradas 80% das suas peças, passando a chamar-se VQ35HR, com as duas últimas letras a significarem "high-reving". Para começar, o bloco é 8,4 mm mais alto, montando, por isso, bielas mais longas (as quais reduzem a força lateral sobre as paredes dos cilindros, minorando o desgaste) e uma nova cambota com apoios mais largos. Tudo isto permite elevar o regime máximo das 7000 para as 7500 rpm sem por em causa a longevidade da mecânica.

Um colector de admissão de ressonância variável, novas cabeças com condutas mais verticais e um fluxo de refrigeração melhorado em torno das velas, o que permite elevar a relação de compressão (10,6:1 contra 10,3:1) e utilizar cartografias de ignição mais agressivas, bem como uma distribuição variável com um leque mais alargado de actuação, ajudam o V6 a tirar pleno partido destas 500 rpm extra. A potência é de 313 cv às 6800 rpm e o binário máximo atinge os 358 Nm às 4800 rpm.

Uma dos aspectos mais apreciados do Z é a personalidade própria transmitida pelos comandos, a qual marca um nítido contraste coma fluidez bem oleada que encontramos num Cayman ou 911. Comparativamente, o Z é algo rude, sobretudo enquanto não aquece e quando sujeito a cargas pouco elevadas. Em contrapartida, quando manuseados com decisão e virilidade ganham progressividade e revelam uma consistência exemplar.

Por exemplo, o sistema de travagem Brembo exige força, mas mantém sempre o mesmo tacto e não acusa quebras de potência; o conjunto caixa embraiagem, pouco progressivo a baixa velocidade, é perfeito quando atacamos, sem compromissos, o nosso troço de estrada preferido; a direcção, pesada a baixa velocidade, revela-se precisa e capaz de transmitir com enorme fidelidade as reacções do chassis, sobretudo nas fases de transição, subviragem/sobreviragem e no realinhamento à saída das curvas.

Calçado, finalmente, com uns pneus à altura do chassis e das suspensões, uns Bridgestone RE050A, o 350Z 2007 viu corrigida uma das principais limitações dinâmicas - só com a troca dos RE040 a distância de travagem de 120 a 0 km/h passou de 56 para 50 metros!

O limite de aderência é muito mais elevado, permitindo carregar mais velocidade para a curva, manter apoios mais severos e beneficiar de uma tracção na saída bem superior. O Z está mais preciso e eficaz. Agora, para soltar a traseira, necessitamos de mais empenho e decisão no tratamento da direcção e do acelerador, ainda e sempre, com a certeza de que o chassis absorve tudo o que lhe possamos pedir sem apresentar uma reacção menos controlada.

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