quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Audi A5 3.0 TDI quattro

Audi A5 3.0 TDI quattro - A começar pelas dimensões exteriores que ficam entre as do Série 3 coupé e as do Classe CLK, sendo o A5 apenas um pouco mais baixo que ambos os rivais. Por dentro, o habitáculo é um estrito 2+2, com deslizamento eléctrico dos bancos da frente para melhorar o acesso aos lugares traseiros que estão longe de ser uma referência em termos de espaço, sobretudo na zona dos pés. Os materiais empregues são muito bons, construindo um ambiente a bordo tipicamente Audi, onde a qualidade apercebida é superior à real: mesmo os plásticos duros estão muito bem disfarçados. A posição de condução é excelente, sobretudo pelas regulações muito amplas do banco (eléctricas em opção) e do volante, só o pedal de embraiagem tem um curso exagerado face aos outros dois.

Em cidade, o motor é bastante silencioso e não se notam ruídos parasitas, mesmo nos maus pisos. Isso já se esperava. O que surpreende é o elevado nível de conforto, apesar de a unidade ensaiada estar equipada com suspensão desportiva e jantes de 19 polegadas, ambos opcionais. A direcção é muito leve, facilitando as manobras, e a caixa de velocidades tem um manuseamento tipicamente Audi: curso curto e engrenagem decidida. O motor reage ao mínimo movimento do acelerador, sem notório tempo de resposta. Por vezes a surpresa vem da rapidez com que chega ao limitador de regime. Os consumos, em ciclo urbano, aproximam-se dos onze litros, mostrando que esta não é a grande prioridade deste modelo. Quando se passa para a auto-estrada, a suspensão do A5 não processa bem tapetes de asfalto com ondulações de alta frequência, transmitindo um desconfortável trepidar para o habitáculo. A direcção sobe demasiado de “peso” mas está sempre a exigir correcções milimétricas, fazendo da condução a velocidades médias um exercício menos tranquilo do que se poderia esperar, apesar de se notar uma melhoria quando se sobe mais a velocidade. Por isso, acaba por ser nos traçados sinuosos que o A5 brilha. A grande aderência da frente permite entrar em curva com apenas uma réstia de subviragem e se o piso for escorregadio, pode continuar-se a acelerar para ver o Torsen central transformar a subviragem numa leve sobreviragem que catapulta o A5 para a próxima recta. Isto, claro, com o ESP desligado.

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