sábado, 10 de novembro de 2007

Mini Cooper S JCW

Mini Cooper S JCW - Suspensão mais alta e macia e direcção menos sujeita às alterações de relevo da estrada foram as principais alterações no sentido de o tornar mais amigo do condutor. Para os entusiastas da condução desportiva não era a melhor receita mas agora a Mini apresenta algo que os vai certamente satisfazer: o kit John Cooper Works (JCW).

Deixou de ser preciso abrir o motor para trabalhar a cabeça, deixou de ser preciso mudar o compressor mecânico e a polie de comando. Intervenções complexas e dispendiosas. Agora basta mudar o “chip” de comando do motor para fazer subir a potência.

Os colectores de admissão e escape também foram “mexidos”, bem como o escape e o sistema de filtro de ar. Mas esta unidade está ainda equipada com o kit de travões JCW que inclui discos dianteiros perfurados e ranhurados, maxilas com êmbolos maiores e pastilhas desportivas.

Nas ruas esburacadas, este JCW é claramente mais duro que um Cooper S sem suspensão desportiva e com jantes de 16 polegadas. Podia ser menos desconfortável se a BMW Mini não insistisse nos pneus “runflat” mas aí há pouco a fazer.

Nas estradas com fortes desníveis transversais, a frente procura o trilho como um cão “pisteiro”, um pouco à imagem do que fazia o Cooper S da primeira geração. É preciso agarrá-lo pelo pescoço, quer dizer, apertar a pega no volante. O desempenho do motor é bastante progressivo. Só nos regimes muito baixos se nota a falta do turbo mas, carregando no botão Sport, a resposta do pedal fica mais rápida.

A média ponderada só subiu 0,3 l/100 Km face ao modelo de 175 cv. As medições Autohoje mostraram ainda que a aceleração 0-100 Km/h baixou 0,3 segundos e que as recuperações melhoraram todas. Mas o maior progresso não se encontra nos números. Em condução normal, o JCW é tão civilizado como qualquer outro Cooper S.

Transmite muitas sensações ao condutor mas sem o incomodar com isso. Querendo explorar mais o potencial do conjunto, de imediato se percebe a maior força do motor, que atira o Cooper S para a frente com enorme decisão, evidenciando uma maior “capacidade respiratória” nos regimes altos. Em curva, esta unidade denota uma precisão de entrada muito boa, quase nenhuma inclinação lateral e excelente comunicação entre as rodas da frente, o asfalto e o condutor.

A suspensão traseira continua a deixar-se desequilibrar ao gosto do condutor, sempre com conta, peso e medida, ajudando o Mini a curvar como um todo, quase sem necessidade de correcções de volante. Os travões mostraram ainda que mantêm a progressividade a baixa velocidade mas aumentam claramente a resistência à fadiga numa utilização mais intensa.

O resultado final mostrou-se portanto muito bem conseguido, a todos os níveis. Claramente o melhor Mini desportivo da nova geração que nos passou pelas mãos. Tudo isto tem um preço, que não é propriamente baixo. A parte boa é que ambos os kits podem ser montados depois de comprado o Cooper S, atenuando assim o impacte inicial.

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