quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Dodge Avenger 2.0 CRD

Dodge Avenger 2.0 CRD - O Avenger apresenta um dos físicos mais possantes e agressivos do segmento “D”, sendo mais longo que alguns modelos do segmento acima, medindo mais milímetros em comprimento que, por exemplo um BMW Série 5.

Nasce na unidade de produção da DaimlerChrysler no estado americano do Michigan, e aí vê a luz do dia ao lado de um irmão gémeo: o Chrysler Sebring. Face a este, representa a visão mais desportiva do grupo na classe em que luta.

O Avenger utiliza, a par do Sebring, a nova plataforma do grupo, com suspensão independente atrás e barras estabilizadoras em ambos os eixos, e para poder vingar na Europa conta desde já com o “obrigatório” motor Diesel. Para que nada falhasse, pediu a um especialista “em gasóleo” o empréstimo, escondendo assim sob o capot um 2.0 TDI de 140 cv do grupo VW, rebaptizado no Dodge de CRD. Não fugindo ao hábito, também neste americano este bloco revela um ruído de funcionamento elevado, especialmente a frio. Mas tirando esta atrapalhação, soma praticamente apenas virtudes. Enérgico, progressivo e linear são adjectivos que lhe assentam bem, sem ser um paradigma de poupança, também não desilude na forma como se alimenta: gasta 8,3 litros em cidade, para transportar um físico que ultrapassa a tonelada e meia. Ainda assim, o peso não se faz sentir demasiado e, no mítico índice de ânimo que é a “correria” dos 0 aos 100 km/h, precisou de apenas 10,2 segundos. A caixa tem um escalonamento um pouco curto mas o comando é preciso e rápido. A agilidade geral não é, porém, um dos seus motes, quando colocado à prova nas “lides quotidianas”. Em ambiente citadino existem alguns embaraços para além da limitação óbvia do tamanho.

Já fora da cidade, o Avenger agrada na forma como se compromete com o “dono” em ser rápido sem pedir dotes de “piloto”. A rigidez torcional convence e a forma como revela aderência apaga a hipotética sombra de um peso exagerado. A direcção podia ser mais precisa, até porque o eixo dianteiro revela-se pouco incisivo e determinado, em ritmos mais entusiasmados. Ainda assim, as reacções são neutras e não surgem surpresas, sendo também o controlo de estabilidade permissivo. Apesar das jantes de 17” e da firmeza com que pisa o asfalto, o nível de conforto convence, sendo esforçado na forma como digere o mau estado das estradas. O ambiente a bordo só não é superior porque os bancos são excessivamente firmes e também porque, apesar do bem-estar possibilitado pela enorme habitabilidade, o Avenger revela, mesmo neste nível de topo (SXT), um interior um pouco à margem das exigências do cliente europeu. Isto é, está conforme com os padrões norte-americanos.

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