Audi A3 2.0 TDI 140cv Ambiente - BMW 118d (E87) - O segmento Premium dos familiares médios tem no Audi A3 um velho conhecido e no BMW Série 1 o seu principal rival desde o momento em que saiu das linhas de montagem. A rivalidade tem crescido com o próprio crescimento do Série 1 no segmento e a BMW escolheu-o como o primeiro que reúne um conjunto de soluções técnicas da sua estratégia BMW EfficientDynamics que visa a redução dos consumos e emissões poluentes sem ceder no rendimento dos seus motores.
Com uma melhor acessibilidade e capacidade, a mala do Audi A3 acaba por fazer a diferença entre as duas carroçarias. Além de ter mais 40 litros de volume disponível, o seu acesso é um pouco mais baixo e aqui o modelo dos quatro anéis marca pontos a seu favor.
Com uma melhor acessibilidade e capacidade, a mala do Audi A3 acaba por fazer a diferença entre as duas carroçarias. Além de ter mais 40 litros de volume disponível, o seu acesso é um pouco mais baixo e aqui o modelo dos quatro anéis marca pontos a seu favor.
Esta ligeira vantagem mantém-se no habitáculo, onde o A3 oferece um espaço interior no qual os ocupantes viajam de forma mais desafogada, em especial nos bancos traseiros com maior espaço para as pernas é maior. Também a posição de condução possui uma melhor colocação dos vários comandos e a grande amplitude das várias regulações permite encontrar o compromisso perfeito numa questão de segundos. O mesmo já não acontece com o BMW que possui o volante e o painel de instrumentos ligeiramente descentrados face ao condutor. Olhando à versatilidade, os dois equilibram-se por razões diferentes, o Audi possui um maior número de espaços de arrumação, mas o BMW incorpora uma ficha USB, o que acaba por contrabalançar um pouco. Também na insonorização se verifica uma situação semelhante em que estes dois germânicos, por razões diferentes, se colocam lado a lado. Falamos da insonorização onde o motor do BMW se revela menos incomodativo em termos acústicos, mas em contrapartida, quando se circula a velocidades mais elevadas, os ruídos aerodinâmicos são mais evidentes que no seu conterrâneo. Olhando aos materiais estamos perante dois modelos que não primam pela excelência na escolha dos plásticos que se encontram nos planos inferiores.
Ao nível do conforto, a suspensão do BMW Série 1 apresenta uma afinação mais suave na forma como processa sem problemas as irregularidades do piso nas mais variadas circunstâncias. Já o Audi A3 possui um amortecimento um pouco mais seco deixando trespassar algumas vibrações para o interior. De qualquer das formas estamos diante de dois excelentes exemplares da indústria automóvel no que diz respeito ao comportamento dinâmico. Tanto o Audi como o BMW conseguem andamentos muito rápidos em curva, por exemplo. Só o facto de possuir tracção traseira dará uma ligeira vantagem a este último pois permite acrescentar um factor de diversão extra. Só por isso leva alguma vantagem sobre o Audi que evidencia sempre uma certa tendência para a frente fugir um pouco quando se imprimem andamentos mais vivos.
Observando os valores conseguidos nas acelerações, o novo motor da BMW com bloco em alumínio e alterações tendo em vista a redução do atrito, consegue extrair mais 21 cv que a unidade que vem substituir debitando agora 143 cv de potência máxima e melhora também os valores de binário em 20 Nm.
As inovações tecnológicas reflectem a sua eficiência nos valores conseguidos pelo BMW nos consumos que se ficam pelos 6,5 litros em média a cada 100 quilómetros percorridos, ligeiramente menos que no Audi, mas se analisarmos os consumos citadinos só por si, essa diferença aumenta a favor do Série 1. O mesmo pode dizer-se das emissões poluentes que, ficando-se pelos 123 g/km, comprovam a validade das novas soluções da BMW EfficientDynamics.
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