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A progressão é sustentada pela avassaladora onda de binário e a velocidade surge com uma naturalidade desconcertante. A convicção com que o Turbo avança transfigura a nossa percepção da estrada. Os 200 km/h atingem-se com puro desprezo. A frente evidencia um ligeiro oscilar, típico dos 911, que é praticamente aniquilado pelo modo desportivo das suspensões.
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Descomunalmente mais depressa. Felizmente que os travões continuam respeitadores da tradição Porsche e estancam o andamento com eficácia, vezes sem conta e com um tacto formidável. O volante «fala» bastante, com o peso da direcção a variar consoante a carga a que a frente está sujeita. Na descrição de curvas lentas e médias, há que respeitar a configuração mecânica do 911: o motor colocado para lá das rodas posteriores, a curta distância entre eixos e os 620 Nm de binário máximo «aconselham-nos» a tratar o acelerador com moderação, tanto no aliviar como no pisar. Desacelerações bruscas traduzem-se num excessivo acumular de inércia, levando a traseira rodar mais que o devido, e acelerações demasiado antecipadas têm o mesmo efeito. A transmissão integral (PTM) processa eficazmente a torrente de força e o controlo de estabilidade (PSM) põe cobro aos excessos, mas estes sistemas não são infalíveis. O segredo está em ser suave com pé direito e, se formos bem sucedidos, podemos usar o acelerador para melhor colocar o Porsche em curva. Com a recta seguinte à vista e o motor às 3000 rpm, é só confiar na motricidade assegurada pelo PTM para nos projectarmos dali para fora.
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