Porsche 911 Turbo (997) - O que se segue é uma experiência alucinante. A embraiagem é largada rapidamente, mas com progressividade, evitando a vitória antecipada dos 620 Nm de binário sobre a sofisticada transmissão integral. Esta vale-se, sobretudo, da aderência dos imensos pneus traseiros (305/30 ZR 19), que pintam duas grossas faixas negras ao longo de dez metros de asfalto. Não mais do que isso. A violência do arranque obriga os músculos do pescoço a contraírem-se. A caixa é um exemplo de precisão e não se nega às passagens mais rápidas. Lá atrás, os escapes soam a uma dezena de maçaricos alimentados a gasolina de 98 octanas, mas este ruído é sobreposto por uma sonora gargalhada! O festim de velocidade do 911 Turbo surte o seu efeito e leva dois adultos a comportarem-se como adolescentes sob o efeito de psico-trópicos… A recta está quase a acabar e nem com o passar dos segundos o poder de aceleração se desvanece. A performance do 911 Turbo é estonteante: leva 3,9 segundos dos 0 aos 100 km/h e os mil metros iniciais são cumpridos em 22 segundos, onde chega a 242 km/h!
A progressão é sustentada pela avassaladora onda de binário e a velocidade surge com uma naturalidade desconcertante. A convicção com que o Turbo avança transfigura a nossa percepção da estrada. Os 200 km/h atingem-se com puro desprezo. A frente evidencia um ligeiro oscilar, típico dos 911, que é praticamente aniquilado pelo modo desportivo das suspensões. Neste cenário de alta velocidade, a transmissão integral projecta binário para a frente, tornando Turbo mais confiante. Dos 242 km/h em diante, a 6ª leva-nos convictamente rumo aos 300 km/h… em auto-estradas alemãs, é claro.
Descomunalmente mais depressa. Felizmente que os travões continuam respeitadores da tradição Porsche e estancam o andamento com eficácia, vezes sem conta e com um tacto formidável. O volante «fala» bastante, com o peso da direcção a variar consoante a carga a que a frente está sujeita. Na descrição de curvas lentas e médias, há que respeitar a configuração mecânica do 911: o motor colocado para lá das rodas posteriores, a curta distância entre eixos e os 620 Nm de binário máximo «aconselham-nos» a tratar o acelerador com moderação, tanto no aliviar como no pisar. Desacelerações bruscas traduzem-se num excessivo acumular de inércia, levando a traseira rodar mais que o devido, e acelerações demasiado antecipadas têm o mesmo efeito. A transmissão integral (PTM) processa eficazmente a torrente de força e o controlo de estabilidade (PSM) põe cobro aos excessos, mas estes sistemas não são infalíveis. O segredo está em ser suave com pé direito e, se formos bem sucedidos, podemos usar o acelerador para melhor colocar o Porsche em curva. Com a recta seguinte à vista e o motor às 3000 rpm, é só confiar na motricidade assegurada pelo PTM para nos projectarmos dali para fora.
A progressão é sustentada pela avassaladora onda de binário e a velocidade surge com uma naturalidade desconcertante. A convicção com que o Turbo avança transfigura a nossa percepção da estrada. Os 200 km/h atingem-se com puro desprezo. A frente evidencia um ligeiro oscilar, típico dos 911, que é praticamente aniquilado pelo modo desportivo das suspensões. Neste cenário de alta velocidade, a transmissão integral projecta binário para a frente, tornando Turbo mais confiante. Dos 242 km/h em diante, a 6ª leva-nos convictamente rumo aos 300 km/h… em auto-estradas alemãs, é claro.
Descomunalmente mais depressa. Felizmente que os travões continuam respeitadores da tradição Porsche e estancam o andamento com eficácia, vezes sem conta e com um tacto formidável. O volante «fala» bastante, com o peso da direcção a variar consoante a carga a que a frente está sujeita. Na descrição de curvas lentas e médias, há que respeitar a configuração mecânica do 911: o motor colocado para lá das rodas posteriores, a curta distância entre eixos e os 620 Nm de binário máximo «aconselham-nos» a tratar o acelerador com moderação, tanto no aliviar como no pisar. Desacelerações bruscas traduzem-se num excessivo acumular de inércia, levando a traseira rodar mais que o devido, e acelerações demasiado antecipadas têm o mesmo efeito. A transmissão integral (PTM) processa eficazmente a torrente de força e o controlo de estabilidade (PSM) põe cobro aos excessos, mas estes sistemas não são infalíveis. O segredo está em ser suave com pé direito e, se formos bem sucedidos, podemos usar o acelerador para melhor colocar o Porsche em curva. Com a recta seguinte à vista e o motor às 3000 rpm, é só confiar na motricidade assegurada pelo PTM para nos projectarmos dali para fora.
Nenhum comentário:
Postar um comentário