
Basta olhar para a traseira do R8 para perceber que essa realidade foi bastante trabalhada, com os dois enormes perfis extractores a prometerem uma estabilidade irrepreensível a alta velocidade.
Prometem e cumprem. Mesmo à velocidade máxima o R8 exibe uma precisão de trajectória fenomenal, seja em recta seja em curva, até porque o excelente trabalho da suspensão (o nosso exemplar tinha molas e amortecedores convencionais, tal como as unidades testadas no Autódromo do Estoril), digere as irregularidades sem perturbar o "assentar" do R8, que revela sempre uma atitude muito sólida.
Mas o que o R8 traz de novo à experiência de condução Audi é a emoção, composta por aquele formigueiro típico de quando conduzimos algo especial, antecipando as vastas reservas de performance, comportamento e aderência de um super desportivo.
Conjugando isto com uma frente leve cuja largura de via supera em 37 mm a da via traseira, o nariz do R8 possui

Uma vez aqui, está terminado o trabalho do eixo dianteiro, sendo altura de passar o protagonismo, que é como quem diz a potência, ao trem posterior, controlar o perfil da trajectória com o acelerador e, tirando partido da excelente tracção, converter em aceleração os 420 cv do V8. Mas a lista de habilidades do R8 não acaba aqui. Por exemplo, se sentimos que a velocidade de entrada está um pouco acima do limite confortável ou, pura e simplesmente, estamos com uma veia mais artística, basta obrigar a frente a entrar mais do que o necessário, convertendo o excesso de momento linear num momento de rotação em torno do eixo vertical.
A única pecha do R8 é a transmissão robotizada R tronic. No modo de “máximo ataque”, em estrada ou pista, esta até se revela competente, apresentando como vantagem o facto de podermos conduzir o R8 como um grande kart: Travamos com esquerdo; aceleramos com o direito; nunca precisamos de tirar as mãos do volante. No entanto, em ritmos mais lentos, sobretudo em cidade, é difícil conseguir um fluxo de aceleração contin

Por outro lado, os defeitos da caixa são exacerbados quer pelos 6000 euros que custa quer pelo sensacional desempenho da transmissão manual: Tão fácil de manusear como a do S3 só que… melhor, com destaque para a rapidez e tacto mecânico. E, para nós, numa máquina de condução como o R8, o que se perde em intimidade e controlo com os dois pedais são dois valores fundamentais. Um dos pontos mais gratificantes de conduzir um super carro é sentirmos o domínio sobre a máquina.
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