
Partindo de um dois volumes, o resultado final chega a um perfil com proporções invulgares, com a traseira muito pequena e compacta. Podia ter sido um "quebra-cabeças" encaixar lá uma capota dobrada mas a solução escolhida tem uma excelente arrumação, dispensa uma tampa e não interfere na visibilidade para trás. Com a capota fechada, o perfil aproxima-se ao de um coupé, mantendo os quatro vidros laterais e o óculo traseiro em vidro. Por fora as luzes de dia marcam a sua presença.
O isolamento térmico e, sobretudo, acústico é excelente, nesta versão opcional cujo accionamento é totalmente eléctrico. O acabamento interior, que não deixa à vista um único tirante da sua estrutura, contribui para esta sensação. Mas as borrachas que vedam os vidros laterais geram ruídos aerodinâmicos.
Não que o A3 Cabrio enjeite ritmos mais rápidos. A estrutura sem tejadilho do A3 foi reforçada a vários níveis, entre os quais quatro barras diagonais sob as suspensões. São estas, bem como os reforços na coluna de direcção e apoio dos bancos, que permitem passar por pisos degradados sem dar conta de grandes vibrações. Foi também a colocação judiciosa dos reforços que permitiu manter a boa

A plataforma manteve a progressividade do A3 quase intacta. Com a suspensão desportiva e jantes de 17’’, a subviragem tarda em aparecer e a sobreviragem só a pedido e sempre de forma progressiva. O ESP não entra cedo nem tarde e pode desligar-se. Só em pisos degradados se sente imprecisão no comportamento, não acompanhada por desconforto. O ruído do TDI não é escandaloso, quando se rola descapotáve,l e os consumos são baixos - apesar de não tanto como os anunciados. O Cabrio custa mais 7 600 euros que o três portas mas o charme vale a diferença.
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